Por anos, o reinado foi disputado por dois jogos: o clássico Harvest Moon e o indie Stardew Valley. Um representava a tranquilidade com um visual mais polido, enquanto o outro trazia uma pegada mais moderna, um pouco de RPG e uma profundidade surpreendente na história. Mas, no meio dessa briga de gigantes, um game com um surgimento tímido iria roubar a cena: Fields of Mistria.
Vamos ser sinceros: quem imaginaria que um jogo de fazenda em acesso antecipado no Steam iria causar tanto? Os desenvolvedores da NPC Studio devem estarem muito felizes, com reviews “Overwhelmingly Positive” (aqueles que 95% ou mais de quem jogou amou). E não é por menos. O jogo tem uma vibe que te transporta para um RPG clássico dos anos 90, com uma direção de arte que lembra a época do Super Nintendo e Game Boy Advance. É como se alguém pegasse um cartucho do tempo de ouro dos games, soprasse a poeira e dissesse: “Tá aqui, meu chapa, a dose de nostalgia que você precisava.”
Mas não se engane, ele não é uma cópia! Fields of Mistria traz uma série de toques modernos que nós, jogadores, já estávamos implorando em outros jogos do gênero. Sabe aquela coisa chata de ter que caçar os personagens pelo mapa para entregar um presente ou completar uma quest? Pois é, aqui tem um sistema que te ajuda a rastrear a galera. Acabou a desculpa de “não te vi no meio do mato, meu anjo, por isso não te dei a flor”. E o diálogo, meu Deus do céu, o diálogo! São mais de 5.000 linhas de fala. É tanta conversa que parece que você está no zap da fofoca da galera da cidade, mas de um jeito bom. Os personagens são bem escritos, cheios de personalidade e com histórias que te fazem querer saber mais sobre a vida de cada um. A gente se apega, sabe? A ponto de querer que eles sejam felizes, mesmo que a gente não possa casar com todos (ainda).
Do que trata a sua História
A história de Fields of Mistria envolve a restauração da cidade, a exploração de ruínas antigas e a busca por uma sacerdotisa desaparecida. Tem um ¨quê¨ de JRPG, com combates leves contra monstros e a descoberta de tesouros. É como se Stardew Valley tivesse se misturado com o espírito aventureiro de Zelda. E o melhor: você pode usar magia para ajudar na sua fazenda. Imagina só, em vez de regar tudo na mão, você lança um feitiço de chuva! Adeus, pulso aberto de tanto clicar. Sim, magia! Não é só plantar e colher.
O jogo também resolveu uma das maiores dores de cabeça dos simuladores de fazenda: o tempo. Sabe quando o dia acaba em cinco minutos e você não conseguiu fazer nem metade do que planejou? Em Fields of Mistria, o tempo flui de uma forma mais tranquila, permitindo uma melhor exploração, ou seja, você tem tempo para fazer suas tarefas sem se preocupar. É a dose de tranquilidade que a gente precisa em um jogo que, eu, jogo para relaxar. E para quem gosta de customização: existe uma variedade de itens decorativos e cosméticos para a sua fazenda e personagem é de fazer inveja a qualquer editor de avatar por aí.
E a comunidade, gente?
Já tem uma galera se reunindo em fóruns e redes sociais, como no Reddit, discutindo sobre qual personagem romancear, qual animal tem a pelagem mais fofa e qual segredo das minas eles descobriram. é o tipo de coisa que games como Stardew Valley e Animal Crossing conseguem criar. É o tipo de jogo que te faz querer sentar no sofá com uma xícara de chocolate quente, sem pressa, e apenas curtir a jornada. Ele não tenta ser o próximo “grande jogo”, ele apenas tenta ser a melhor versão de si mesmo, e consegue com maestria.
No fim das contas, Fields of Mistria não é só mais um simulador de fazenda. É uma carta de amor aos clássicos, Ele prova que nem sempre precisa reinventar um gênero, apenas dar uma polida nela e adicionar uma coisa aqui e ali. E o melhor de tudo é que ele ainda está em acesso antecipado, com a promessa de mais conteúdo, mais personagens e mais magia. Eu, honestamente, mal posso esperar para ver o que vem por aí.
