Entenda como a visibilidade do streaming eleva a popularidade de um game e o impulsiona direto para a sua lista de desejos.
Sabe aquela história de que o marketing de games é um bicho de sete cabeças, cheio de planilhas, siglas estranhas e gente de terno falando sobre “KPIs” e “ROI”? Bem, uma nova pesquisa da Stream Hatchet, a rainha dos dados de streaming, chegou pra provar que o caminho para o sucesso pode ser muito mais divertido do que a gente imaginava. Esqueça a formalidade de um pitch de elevador e pense mais na alegria de um streamer xingando o chefe final que ele não consegue derrotar. E é disso que estamos falando: a zoeira, a conexão e a visibilidade que o streaming oferece estão diretamente ligadas a uma das métricas mais importantes para qualquer desenvolvedor de games: as benditas wishlists do Steam.
Se você tem 20 anos de experiência com games e ainda não se emocionou ao ver um “Trailer de gameplay” que te deixa babando por um jogo que só vai ser lançado em 2028, sinto informar, mas você está vivendo errado. A febre de acompanhar lançamentos e “vazamentos de informações” nunca esteve tão alta, e os streamers são o novo garoto propaganda. E sabe o que é mais engraçado? Eles estão fazendo isso sem nem ter percebido o poder que têm nas mãos. Afinal de contas, qual o melhor lugar para ver um jogo em primeira mão, se não na tela de um influencer que você já confia? É como um amigo te recomendando aquele restaurante novo, só que com milhares de pessoas assistindo.
A pesquisa da Stream Hatchet fez o que muita gente sonhava: correlacionou o número de horas assistidas de um jogo em plataformas de streaming com o aumento de wishlists no Steam. A ideia é simples, mas os resultados são surpreendentes: quanto mais gente assiste, mais gente adiciona o jogo à sua lista de desejos. Isso porque o streaming não é só sobre mostrar a gameplay. É sobre gerar um “boca a boca” digital, é sobre o streamer mostrar sua reação genuína, é sobre a comunidade se engajar nos comentários e, claro, é sobre a gente, do lado de cá, ficar com aquela coceira na mão de querer jogar também.
O mais irônico de tudo isso é que, para jogos que já são franquias estabelecidas, como um novo Call of Duty ou um FIFA da vida, o streaming tem um papel secundário. Eles já têm a máquina de marketing azeitada, já gastaram rios de dinheiro com campanhas mirabolantes. Mas para os jogos independentes, os “filhos de desenvolvedores que vivem de miojo e café”, a live de um streamer pode ser a diferença entre o anonimato e o sucesso estrondoso. Aquele pequeno jogo de plataforma que ninguém conhecia, de repente vira o centro das atenções porque um streamer famoso passou horas jogando e se divertindo com a comunidade. É o equivalente a ganhar na loteria do marketing, só que de forma mais justa.
E essa é a beleza do ecossistema de games. A gente, como público, está sempre em busca de novas experiências, de jogos que nos façam rir, chorar, ou simplesmente nos transportem para outro mundo. E os streamers se tornaram nossos guias, os “caçadores de joias escondidas” do mundo dos jogos. Eles garimpam a Steam, encontram aqueles jogos que valem a pena e os apresentam para uma audiência que está sempre sedenta por novidades. E o resultado? Wishlists, e mais wishlists, e mais wishlists, até que a Steam explode de tanto jogo bom sendo adicionado na lista de desejos.

A pesquisa também fez uma distinção importante entre “wishlists cumulativas” e “wishlists líquidas”. A primeira é o total de pessoas que adicionaram o jogo à lista. A segunda é a diferença entre as adições e as remoções em um dia. É como um balanço de gente que se empolgou e gente que se arrependeu. E o que a pesquisa mostrou é que, mesmo com as flutuações, o streaming tem um impacto direto e positivo nas duas métricas. Ou seja, mesmo que o hype passe, a wishlist fica lá, te lembrando que a sua conta bancária está em perigo.
Agora, se você está pensando em se aventurar no mundo dos games, ou se já tem um jogo em produção, a lição é clara: não subestime o poder dos streamers. Eles são uma ferramenta de marketing mais eficaz do que muitos outdoors e propagandas caríssimas. E para nós, jogadores, a lição é ainda mais divertida: podemos ajudar a moldar o mercado de games simplesmente adicionando um jogo à nossa wishlist. É a nossa chance de mostrar para os desenvolvedores que estamos interessados, que queremos o jogo e que, no final das contas, somos nós que mandamos na parada.
E para finalizar, a pesquisa também mostrou que eventos como a Steam Next Fest, que acontece duas vezes por ano, são um prato cheio para os desenvolvedores. Eles usam o festival para lançar demos e trailers, e os streamers, claro, se jogam de cabeça para testar as novidades. E o resultado é um ciclo vicioso de wishlists, em que um jogo que era uma promessa se transforma em um dos mais esperados do ano.
É uma prova de que a comunidade de games é muito mais do que apenas um grupo de pessoas jogando sozinhas em seus quartos. É uma rede de interações, de recomendações, de zoeira e, no final das contas, de pessoas que se reúnem para celebrar o amor pelos games. E o streaming é o catalisador de tudo isso, o palco onde a magia acontece. Então, da próxima vez que você estiver assistindo seu streamer favorito, pense que a sua simples presença na live pode estar ajudando um pequeno desenvolvedor a realizar o sonho de lançar seu próprio jogo. É a prova de que o marketing pode, sim, ser divertido, e que a zoeira tem o poder de mover montanhas… ou, no caso, de encher a Steam de wishlists.
Deixe nos comentários abaixo: Qual foi o último jogo que você adicionou à sua wishlist do Steam depois de assistir a uma live ou um vídeo no YouTube? Compartilhe sua experiência e ajude a comunidade a descobrir novas pérolas do mundo dos games!